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quarta-feira, 23 de março de 2011

Cap 1 - O que é Sociologia - Resumo





 A sociologia surge posteriormente a constituição das ciências naturais e de diversas ciências sociais.
O seu surgimento ocorre num contexto histórico especifico que coincide com os derradeiros momentos da desagrega da sociedade feudal e da consolidação da civilização capitalista.
A dupla revolução que este século testemunha, a industrial e a francesa, precipitam, através dos conhecimentos desencadeados por elas tornou possível a formalização da sociologia.
Um dos fatores de maior importância relacionados com a revolução industrial é sem duvida o aparecimento do proletariado e do papel histórico que ele desempenharia na sociedade capitalista.
Os iluministas analisaram quase todos os aspectos da sociedade. Seus objetivos eram estudar as instituições da época, demonstrar que elas eram irracionais e injustas, que atentavam contra a natureza dos indivíduos. Concluíam o individuo como dotado de razão, possuindo uma perfeição inata e destinado à liberdade e igualdade social.
A França no inicio do século XIX, ia se tornando visivelmente uma sociedade industrial com uma introdução progressiva da monarquia, principalmente no setor têxtil.

terça-feira, 22 de março de 2011

Cap 2 -

Questão 1)

Os conservadores ou profetas do passado – como, por exemplo, Edmund Burke (1729-1797), Joseph de Maistre (1754-1821) e Louis de Bonald (1754-1840) – cultivavam o pensamento medieval. Por um lado, admiravam a estabilidade, a hierarquia social e as instituições religiosas e aristocráticas do feudalismo e, por outro, combatiam com fervor as idéias iluministas que teriam desencadeado, segundo eles, o trágico e nefasto acontecimento do final do século XVIII – a Revolução Francesa. Aos conservadores não interessava defender o capitalismo que se acentuava cada vez mais. De maneira pessimista, enxergavam a sociedade moderna em decadência, não consideravam nenhum progresso no urbanismo, na industrialização, na tecnologia e no igualitarismo. A sociedade lhes parecia mergulhada no caos, na desorganização e na anarquia. Afirmavam que para haver ordem e coesão social, seria necessário a existência de instituições fortes, tradição e valores morais.
      Ao fazer a crítica da modernidade, inaugurada por acontecimentos como a economia industrial, o urbanismo, a Revolução Francesa, os conservadores estavam tecendo uma nova teoria sobre a sociedade cujas atenções centravam-se no estudo de instituições sociais como a família, a religião, o grupo social, e a contribuição delas para a manutenção da ordem social. Preocupados com a ordem e a estabilidade, com a coesão social, enfatizariam a importância da autoridade, da hierarquia, da tradição e dos valores morais para a conservação da vida social.  
       As idéias dos conservadores constituíam um ponto de referência para os pioneiros da sociologia, interessados na preservação da nova ordem econômica e política que estava sendo implantada nas sociedades européias ao final do século passado. Estes, no entanto, modificariam algumas das concepções dos "profetas do passado", adaptando-as às novas circunstâncias históricas. Estavam conscientes de que não seria possível voltar à velha sociedade feudal e restaurar as suas instituições, como desejavam os conservadores. Alguns dos pioneiros da sociologia, preocupados com a defesa da nova ordem social, chegavam mesmo a considerar algumas idéias dos conservadores como reacionárias, mas ficavam decididamente encantados com a devoção que eles dedicavam à manutenção da ordem e admiravam seus estudos sobre esta questão.      
        E entre os sociólogos positivistas – Saint-Simon, Auguste Comte, Émile Durkheim – que as idéias conservadoras exerceram grande influência. Apesar de admirarem a linha de pensamento conservador, eles acreditavam que devido às novas circunstâncias históricas, seria impossível restaurar as instituições medievais; não seria adaptável. Alguns deles chegavam a afirmar que a "escola retrógrada", por eles considerada imortal, seria sempre merecedora da admiração e da gratidão dos positivistas.

Questão 2)


         A primeira corrente da Sociologia foi o Positivismo. Ela foi a primeira teoria a organizar alguns princípios do homem e da sociedade tentando explicá-los cientificamente. O principal criador desse movimento foi o conhecido filósofo Auguste Comte.

        O Positivismo é visto como uma corrente conservadora, pois procurava sempre justificar a nova sociedade que estava surgindo tendo como inspiração a sociedade feudal, com sua estabilidade acentuada e a hierarquia social. Vale lembrar que os positivistas não viam nenhum progresso de fato em uma sociedade urbanizada e industrializada e eles também lastimavam o enfraquecimento da religião e da família. Com isso os positivistas também acreditavam que a sociedade moderna era dominada pelo caos social, pela anarquia e pela desorganização social.

       O Capitalismo vem de encontro com o Positivismo justamente porque na história de evolução do capitalismo se tem que seu processo foi algo espontâneo, enquanto que o positivismo com a sua técnica do exercício de poder foi desenvolvida meio que “na marra”. O resultado desse desenvolvimento “forçado” foi o seu subdesenvolvimento. Durkheim já admitia na época que o capitalismo é a sociedade perfeita, precisando apenas de conhecer os seus problemas e de buscar uma solução científica para eles. Já para o positivismo Auguste Comte nega que a explicação dos fenômenos naturais, assim como sociais, provenha de um só princípio.A visão positiva dos fatos abandona a consideração das causas dos fenômenos (Deus ou natureza) e torna-se pesquisa de suas leis, vistas como relações constantes entre fenômenos observáveis.